quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Nneka- qualidade sonora.

No post anterior o Dona Maria conheçeu Sandra, uma Africana, que gostamos de dizer, que Faz a diferença... O som que embalou o video é da Cantora Nneka e desse vez é sobre ela que vamos falar um pouco mais...

"Nneka é bela e tem uma belíssima voz. Seu marcante acento e sua rebelde cabeleira, penteada em estilo black power, revelam suas origens africanas, declaradas também em letras e rimas. Rimas essas que versam ainda sobre as mais íntimas aflições da moça, embaladas por reggae, rap, jazz, funk, trip hop, soul.
O hip hop norte-americano é a referência mais marcante no som da cantora. Destacam-se a mistura de jazz, rap, r&b e reggae que marca o som do The Fugees -segundo Nneka, a primeira banda de rap que ouviu- e o jazz rap da extinta dupla Black Star, formada pelos MCs Mos Def e Talib Kweli.
Ainda que recuse a comparação, Nneka tem tudo para ser a nova Lauryn Hill. Como ela, tem personalidade, atitude e tanto suas letras, quanto a sonoridade de suas músicas, passam pelas mesmas influências da diva norte-americana
Foi ouvindo artistas como Fugees, Mos Def e Talib Kweli que Nneka conheceu o hip hop dos EUA, e a mistura de rap, r&b, soul e jazz feita por eles é marcante na sonoridade da cantora nigeriana."

Dados retirados do blog - Rádio Africa. Vale a pena conferir...





Nneka tem 2 albuns lançados- Victim of truth(2005) e No longer at ease(2008)
Segue então o link para Download do primeiro albúm da cantora:

Download

Myspace Nneka

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Beijos e Obrigada pelos comentários e Visitas.

Donamariablog@gmail.com

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Trança Raiz- Estilo Africano.

Natural de Moçambique na África, Sandra está a 10 anos na ilha de Florianópolis.Veio com o propósito de fazer mestrado e doutorado, hoje faz pós doutorado em administração universitária na UFSC.
Aqui os costumes são bem diferentes, mas ela diz que não teve dificuldade de adaptar-se. Um exemplo, na áfrica o homem paga “dote” à família da noiva pelo casamento, chamado de lobolo. Não tem papéis assinados, não tem igreja, apenas à benção dos ancestrais.

“Não foi difícil me adaptar, porque aqui os costumes (regras) são mais lights.”.


ASSISTA O VÍDEO


Existem alguns eventos culturais africanos em Florianópolis principalmente organizados pelas faculdades, mas a divulgação é meio precária. Impossibilitando a participação de pessoas que não tem muito contato com esses acontecimentos.
Sobre as tranças ela conta que aprendeu a fazer com uma moça da Etiópia, quando estudou na Alemanha. Em apenas um dia aprendeu a fazer em si mesma as mais simples, logo foi treinando em parentes e amigos.


(Começando)

Agora com bastante prática, ela cria as tranças na hora, seguindo o ritimo do cabelo. Como se cada pessoa levasse um desenho diferente, quase exclusivo.
Sandra explica que cabelos crespos são mais fáceis para fazer trança raiz, pois não escorrega tanto, diferente de cabelos lisos. Já os curtos a construção das tranças é mais difícil por conta de ter que prender entre as tranças os cabelos que chega ao fim. Porem, sendo trabalhoso ou não, é possível fazer a trança raiz na maioria dos cabelos, mas obviamente os cabelos curtos e finos vão resistir menos tempo com os trançados na cabeça.


(processo)

Durante nossa conversa, Sandra falou muito da África e nos explicou significados que até então nós desconhecíamos. Na casa dela todos tem o sotaque do Português Europeu, e na decoração encontramos muitos vestígios da cultura africana. Em Florianópolis, segundo ela, existem muitos Africanos e o objetivo principal dessas pessoas de virem para cá é estudar. É possível aprender sobre o mundo sem sair da nossa cidade, basta conhecer cada um e ouvir sua história, o Dona Maria saiu da casa de Sandra conhecendo um pouco mais da sua história e aprendendo muito sobre os costumes Africanos.

(resultado final)

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Um beijo às Marias e amigos.

Obrigada pelas visitas e comentários no Blog...

donamariablog@gmail.com

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Estilo de vida!

Camila (CISMA),19 anos. Curitiba – Paraná.


O gosto por desenhos vem desde pequena. Ao ter contato com o movimento hip hop em 2005, rapidamente se interessou pelo graffiti. Sua tag(nome que assina seus trabalhos) foi retirada de uma troca de ordem das letras de seu próprio nome. Veio a formar a palavra que condizia com sua personalidade e visão de mundo, Cisma.
Após anos, Camila, leva o graffiti como influencia no seu trabalho, como lazer e estilo de vida. Já participou de crews(grupo de grafiteiros), mas hj se diz desencanada sobre isso.




“Comecei sem compromisso e acabei que não parei mais”.


Ganhar dinheiro com o graffiti?Graffiti em galerias? Na opinião de Cisma: “Graffit é o que se faz na rua, se mudou de suporte já não é mais. Não tenho nada contra o cara expor aqui ou ali desde que ele seja autêntico no que está fazendo, muita gente esquece da rua, ou entra nesse mundo simplesmente com o objetivo de atingir outras mídias.É legal quando o graffiteiro consegue imprimir seu próprio traço e estilo no trabalho, e continua fazendo o que gosta sem deixar de pintar na rua”.


Pixação?“Acho interessante o desenvolvimento da tipografia específica da pixação, e sobre quem faz, ou faz graffit, só espero uma coisa: tenha consciência. É preciso saber sempre o que se está fazendo e porque se está fazendo”.


Contato:
camila_siciliano@hotmail.com






Sabrina Brum (BINA), Porto Alegre – Rio Grande do Sul



Bina conta que o interesse começou na observação de outros grafiteiros, a paixão pelo graffiti crescia e com o tempo ela acabou botando a sua arte nos muros também. Em meio a 2 anos na precariedade de material devido aos custos, oportunidades foram surgindo e hoje, 8 anos depois, o graffiti é sua profissão.
A admiração da molecada em suas oficinas, o aprendizado que ela tem com eles do mesmo jeito que eles aprendem com ela, essa experiência Sabrina carrega como mais uma motivação para ir alem.
Junto de Jackson, Lucas e Bis, eles formam a Zombando Crew.



“Procuro mostrar para a rua, e a rua se encarrega de mostrar para o mundo”.



Ganhar dinheiro com o graffiti? Bina Diz que: “É bom ser valorizado pelo que faz, a partir do momento que te pagam pelo seu trabalho é sinal que você está fazendo um bom trabalho, gratifica o artista... e sobrevivo disso é meu trabalho, e mais que merecido ganhar através dele. As galerias, acredito que seja uma forma de valorização, embora a maior galeria para mim é a rua, é bárbaro expor lá”.




Pixação?“É inacreditável nunca pixei. É engraçado falar mais a pixação eu acho bárbaro, curto as letras de traço reto, curto a escrita, principalmente se for ato de protesto, porem nunca tive vontade de fazer acho legal somente olhar, dependendo da forma dela, assim como o graffiti também te transmite algo...”.




Contato:







Kátia Suzue de Melo (Suzue), 29 anos. São Paulo – São Paulo.



Assina em seus trabalhos Suzue que é seu nome em Japonês.Desde criança Suzue observava os graffitis nas ruas e isso sempre chamou sua atenção. Segundo ela, em São Paulo, que é a cidade que ela vive, é impossível andar na rua e não ver um trampo, não dá pra crescer sem ter referências da rua.
Pinta a 4 anos, e desde então não parou mais, ela faz do graffiti seu roby, trabalho e estilo de vida . Faz parte da crew Noturnas, são sete meninas: Tikka, Z., Yá, Kel, Miss, Pan e Ela, Suzue.
Suzue morou durante a sua adolescência no Japão, e foi lá que ela deu um pontapé inicial para a carreira artística, trabalhou com desenho de observação e pinturas, voltou ao Brasil e trabalhou em estúdios de Tatuagem. Aqui conheceu pessoas envolvidas com o graffiti e foi aí que a vontade de seguir para lados diferentes apareceu hoje ela é formada e dá aulas de desenho de observação e de roteiro das artes em Guarulhos (SP), além disso, também trabalha com telas, esculturas, produção de objetos e origamis.


“parece que minha vida é em função disso agora, graças ao graffiti conquistei muitas coisas, conheci muitas pessoas e muitos lugares e isso é o mais impressionante na coisa pra mim."



Ganhar dinheiro e expor em galerias? O que a Kátia acha disso?
Acha justo ter o trabalho reconhecido, e sim, ganhar dinheiro é bom ainda mais quando se faz o que se gosta. Ela acha que o graffiti pode ser profissão e passatempo, contanto que se separe, cada um tem um momento.


Pixação? Suzue foi direta, apesar de não ser pixadora ela admira muito essa atitude, segundo ela a pixação dialoga muito mais com a cidade do que o graffiti, São Paulo é capital mundial da pixação e isso trás estudiosos de todo o mundo para conhecer esse movimento.


O graffiti é... “Uma parcela enorme do meu cotidiano, um estilo de vida.”




Contato:
www.fotolog.com/devaneio
www.flickr.com/suzue
fone:(11) 89384883

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O graffiti trouxe pra essas mulheres mais que cores. trouxe amores, amigos, lazer e oportunidades. A rua é e sempre vai ser lugar para marias.

positividade para NÓS, marias!!